Foto: Aline Carvalho

No cenário atual de pandemia, são grandes os desafios sociais e políticos que interferem na percepção da população sobre os riscos à saúde individual e coletiva.

Apesar dos cientistas estarem se dedicando às pesquisas por todo o mundo para solucionar essa problemática, ainda não existe uma conclusão de cura e tratamento. Em virtude dessa situação, ações de prevenção e promoção de saúde estão constantemente sendo propostas, divulgadas e reforçadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que orienta as nações com medidas para contenção da epidemia que favoreçam a redução do contágio, a sobrecarga dos serviços de saúde e a diminuição do número de óbitos.

Porém, mesmo com dados científicos comprovados sobre os riscos de contágio e óbitos em massa nem todos avaliam o problema como algo que necessite rigor nos cuidados orientados. Essa amostra da população possui uma percepção de risco de base otimista e acredita que é imune ao vírus, que nada de grave acontecerá e negligencia as medidas necessárias de higiene, regras de convívio e isolamento. Em contrapartida existe outro grupo de pessoas que possui uma percepção pessimista exagerada, que pode levar a sintomas de pânico e, também a comportamentos de agressividade a indivíduos que estejam adoecidos, contaminados ou envolvidos de alguma forma com os cuidados a pacientes. Isso ocorre porque a percepção de risco é subjetiva, ou seja, cada indivíduo, de acordo com suas crenças pessoais, irá fazer sua análise e se comportará da maneira que acredita ser correta para si mesmo.

Dessa forma, para combater essas percepções equivocadas, é fundamental buscar informações fidedignas que dão conta do fiel retrato da realidade e adotar comportamentos responsáveis e coerentes para lidar com esse momento atípico.

Muitas medidas de contenção referentes ao isolamento já foram flexibilizadas em alguns estados brasileiros, porém as orientações devem ser seguidas à risca, com comprometimento, seriedade e respeito a toda população, principalmente aos grupos de maior risco de contaminação.

De acordo com Marcelo Costa, do Departamento de Psicologia Experimental da USP, uma percepção de risco adequada inclui a crença de que é o indivíduo é suscetível à doença como qualquer outro, que as consequências do adoecimento poderão ser negativas em sua vida e que a prevenção é benéfica à saúde física e mental individual e coletiva.

Comporte-se de maneira consciente! Se cada um fizer a sua parte com responsabilidade, todos serão beneficiados! Lembre-se: estamos no mesmo Planeta! É tempo de desenvolver a empatia!

Janine Gaia Rangel
Psicóloga Clínica 05/34041
Arteterapeuta em Educação e Saúde
Facilitadora Licenciada no Programa de Educação Emocional Positiva
Pós-graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental

Referências bibliográficas:

http://www.revistaquestaodeciencia.com.br/questao-de-fato/2020/04/24/percepcao-de-risco-rege-reacao-das-pessoas-covid-19

http://www.scielosp.org/article/rsp/2020.v54/47/pt/

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