Fonte: Divulgação

O Porto do Açu registrou mais casos do novo coronavírus nesta semana. Após o site Parahybano divulgar dois casos confirmados na empresa Acciona, novos testes foram realizados em 345 colaboradores e, segundo a assessoria menos de 1% testou positivo, os quais foram encaminhados para quarentena domiciliar por estarem assintomáticos. A testagem na empresa durou três dias.

Por outro lado, várias informações de colaboradores foram recebidas na última semana pelo whatsApp do Parahybano (997310991), onde as identificações dos profissionais serão preservadas por conta de represálias. Segundo eles, no dia 2 de junho, o primeiro dia de testes, cinco homens da Acciona receberam a confirmação para Covid-19, mas a assessoria disse que somente 120 colaboradores fizeram o teste.

Já a empresa Andrade Gutierrez disse estar acompanhando um caso de um colaborador de Atafona. Segundo a assessoria da Andrade, o caso não está confirmado, pois ele testou negativo, porém sua família confirmou a infecção por Covid-19 pela Vigilância Sanitária de São João da Barra. Por isso, ele segue em isolamento, mas está assintomático.

Ainda segundo denúncias, cinco homens da empresa Gercon (TechnipFMC) teriam sido infectados pelo novo coronavírus, porém as confirmações foram solicitadas através da assessoria da Prumo que não respondeu se existem casos suspeitos ou confirmados da doença.

Os casos são mais complicados, segundo denúncias, na empresa B PORT, onde pelo menos dez homens, dentre eles um técnico de segurança, testaram positivo.

A assessoria do Prumo informou somente que, o Porto do Açu Operações, Administradora Portuária do Porto do Açu, conduz junto às demais empresas instaladas no empreendimento uma força-tarefa voltada especificamente para as tratativas relacionadas à Covid-19. Em atendimento às normas estabelecidas pelas prefeituras de São João da Barra e Campos e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma série de medidas preventivas foi adotada para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores do Porto e da comunidade do entorno, além da continuidade das operações.

Desde o início da pandemia no mundo, o Porto do Açu instituiu procedimentos de segurança estabelecidos pela Anvisa e, na sequência, com o avanço do coronavírus no Brasil, instituiu um Comitê de Crise interno para tratar especificamente sobre o assunto. O efetivo que atua no Porto foi reduzido em mais de 70% para continuidade das atividades com total segurança e foi introduzido regime de revezamento entre os funcionários que desempenham seus trabalhos presencialmente. Cuidados com higiene e conscientização sobre boas práticas foram redobrados. O Porto ainda disponibilizou um canal em seu site para quem quiser ter acesso a todas as medidas implantadas para mitigar a disseminação do coronavírus: http://portodoacu.com.br/veja-como-estamos-conduzindo-nossas-operacoes/.

O Porto do Açu continua empenhado na manutenção da atividade portuária, essencial para garantir a circulação de produtos e insumos no país. A Administração Portuária acredita que mitigar os efeitos da pandemia é responsabilidade de todos e está focada em participar ativamente desse esforço.

A prefeitura de São João da Barra disse por meio de nota que, desde o início da pandemia a Secretaria Municipal de Saúde procura preservar os dados dos pacientes.

– Existem diferentes linhas de fiscalização em relação ao Porto do Açu. Primeiro são fiscalizados todos os veículos que acessam o complexo, que passam pela barreira Cepop, onde tem equipe da Prefeitura de São João da Barra em conjunto com a empresa Porto do Açu Operações e que funciona como uma triagem. A Porto do Açu Operações é a administradora do Complexo Portuário e lá é verificado se o veículo está fora de alguma determinação e corrigidas possíveis falhas quanto a lotação,  que tem que ser de 30%, uso obrigatório de máscaras, disponibilidade de álcool 70%. Também é medida a temperatura e respondido um questionário epidemiológico para saber se esteve em alguma área de risco, contato com alguém que já testou positivo, entre outras informações. Se for morador de São João da Barra e for detectado que é caso suspeito, a Secretaria Municipal de Saúde possui uma equipe no local e ele assina um termo e entra no sistema de quarentena. Todos os embarques também passam por ali, e para embarcar precisam de uma autorização prévia. É necessário enviar por e-mail três documentações. Tudo isso consta em decreto municipal. Já foi enviado ofício a todas as empresas e vem sendo cumprido desde início abril. A fiscalização acontece também em outras barreiras dentro do município. Dentro do Porto, é necessário seguir as determinações do dos decretos municipais: aferição de temperatura, evitar aglomerações nas áreas comuns, principalmente refeitório. A fiscalização da Prefeitura de São João da Barra esteve nos refeitórios e solicitou que deem o espaçamento de uma cadeira para a outra e, na questão do self-service, também foi enfatizado quanto a não haver contatos com os talheres e foram colocados colaboradores servindo. Disponibilização de álcool 70% em várias áreas das empresas e água e sabão nos canteiros de obras  foi solicitada e feita a adaptação para serem disponibilizados e uso de EPI. Tudo isso é verificado dentro do Complexo e, além dessa fiscalização de estrutura física, há o monitoramento dos funcionários com sintomas (suspeitos e confirmados), que é feito da seguinte forma: diariamente as empresas do Porto se reúnem no Comitê de Crise, que é formado por um representante e cada empresa, onde é informado se existe algum caso suspeito ou confirmado. Se for morador de São João da Barra é obrigado informar à Vigilância Epidemiológica do Município, que entra em contato com esse colaborador e passa a acompanhar seu dia a dia e, se for suspeito, fazer o teste. Recebendo denúncia a Secretaria de Saúde também checa, pois nenhuma deixa de ser averiguada -, segundo a nota.

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