Foto: Corpo de Bombeiros

A equipe do Corpo de Bombeiros de São João da Barra realizou um salvamento de animal marinho no litoral de São Francisco do Itabapoana, no Norte Fluminense, nesta semana.

De acordo com o tenente Alex Barcelos, uma tartaruga marinha de aproximadamente 10 anos de idade que certamente acabaria morta em poucas horas se não fosse a intervenção dos militares. O animal estava preso em uma rede de pesca irregular e foi necessário cortar a rede para desvencilhar o espécime.

A secretária de Meio Ambiente de São João da Barra, Joice Pedra, disse se tratar de uma tartaruga da espécie Chelonia mydas.

Foto: Corpo de Bombeiros

A espécie Chelonia mydas possui distribuição cosmopolita, desde os trópicos até as zonas temperadas, sendo a espécie de tartaruga marinha que apresenta hábitos mais costeiros, utilizando inclusive estuários de rios e lagos. As desovas ocorrem principalmente nas ilhas oceânicas, Ilha da Trindade (ES), Atol das Rocas (RN) e Fernando de Noronha (PE). Na costa brasileira, áreas de desova secundárias ocorrem no litoral norte do estado da Bahia. Esporadicamente ocorrem também ninhos nos estados do Espírito Santo, Sergipe e Rio Grande do Norte. Ocorrências não reprodutivas são registradas em toda a costa do Brasil e também nas ilhas. Este táxon apresenta ciclo de vida longo, com maturação sexual entre 26 e 40 anos. É altamente migratório. As fêmeas migram das áreas de alimentação e descanso para as áreas de reprodução, em deslocamentos que podem chegar a mais de 1500 km.

As tartarugas marinhas são protegidas por leis que classificam como crime ambiental a captura, o consumo, o abate e o comércio. A multa pode chegar a R$ 5 mil.

Cada vez que tartarugas são encontradas pelo instituto nas condições de maus-tratos ou morte, uma denuncia é feita para a Polícia Militar Ambiental. A orientação para pescadores que se depararem com esses animais presos à redes é tirar com cuidado para não machucar e soltar ao mar novamente.