Ritual da perseguição dos soldados romanos a Jesus aconteceu na noite de terça-feira, 16
Foto: Antônio Cruz
A Procissão do Fogaréu em São João da Barra, uma tradição do século XVIII, mais uma vez atraiu um grande público, entre moradores e turistas. Organizado pelas irmandades de São João Batista e do Santíssimo Sacramento, com apoio da Prefeitura, o ritual, na noite de terça-feira, 16, fez parte da programação do Circuito Religioso, retratando a perseguição dos soldados romanos a Jesus Cristo, em Jerusalém.
A procissão começou com o anúncio do farricoco (guarda romano) para perseguição e prisão de Jesus no Palácio de Caifás, simbolizado pela igreja de São Pedro. Seguindo pelas ruas centrais, o cortejo foi até o local da Santa Ceia, representado pela igreja de São Benedito. O hospedeiro, responsável pela preparação da ceia, ao ser perguntado pelo pretoriano (chefe dos farricocos), informou que Jesus já tinha saído.
A perseguição continuou e Jesus foi localizado no Horto das Oliveiras, cujo cenário foi a Igreja de São João Batista. Logo em seguida houve a prisão simbólica e a condução de um estandarte com a imagem de Jesus até a Cadeia, simulada pela Igreja da Boa Morte, onde foi encarcerado.
“A procissão é penitencial, por isso, os cerca de 60 farricocos saíram vestidos de túnicas de cor, encapuzados com máscaras pontiagudas, descalços e com tocha na mão”, explicou o vice-presidente da Irmandade do Santíssimo Sacramento, Jorge Renato Amaral, ressaltando que as passagens bíblicas ocorrem nas quatro igrejas históricas que simbolizavam lugares diferentes em Jerusalém.
Foto: Antônio Cruz
Para o secretário municipal de Turismo, Esporte e Lazer de São João da Barra, Edivaldo Machado, o turismo religioso vem se destacando cada vez mais na região. “Com implantação do Circuito Religioso percebemos o aumento do número de visitantes desde os rituais da Semana Santa até a festa de Nossa Senhora da Penha”, declarou Edivaldo, ressaltando a importância da tradicional procissão do Fogaréu para a valorização da cultura.
O adolescente Pedro Higor Queiroz participou da procissão pela primeira vez. “Prestei atenção em tudo e o que mais marcou e emocionou foi o momento da prisão de Jesus”, disse, Pedro ressaltando que é fundamental esse resgate histórico para que outras gerações tenham acesso.
Fonte: Secom – SJB
Foto: Elder Amaral – Parahybano
