Foto: Ururau

A delegada titular da 145ª Delegacia de Polícia de São João da Barra, Madeleine Farias, fez uma coletiva para a imprensa nesta quinta-feira, 21, 6º no Departamento de Policiamento de Área (DPA), e divulgou detalhes do depoimento do pastor que confessou ter matado jovem de 21 anos por volta das 13h da última segunda-feira, 18, rua José Martins Meirelles, em Atafona, distrito de São João da Barra.

– Pastor explicou que haviam muitas discussões com o Lucas que seria usuário de drogas, ameaçava e insultava a família do pastor e fiéis. Era costumeiro e sempre os PMs estariam no local. Na noite anterior ao crime, Lucas Muniz Abucezze teria chutado uma lixeira na porta da igreja e ainda há relatos de que o jovem teria quebrado uma garrafa e ameaçado cortar a garganta do pastor. Por conta dessas ameaças o pastor passou a usar o revólver calibre 32 que seria de seu pai, falecido. Por volta das 13h, Israel estaria consertando a caminhonete dele que estava estacionada na porta da igreja, momento em que Lucas se aproximou e iniciou diversas ofensas partindo para agredir o pastor. Israel pegou a arma no interior do veículo e efetuou o primeiro disparo que atingiu no tórax de Lucas que correu e foi atingido por mais dois tiros nas costas e no final, no chão, foi alvejado pelo tiro no crânio que foi fatal -, comentou Madeleine.

Foto: Parahybano

A delegada acrescentou, ainda, que enquanto aguardava a oitiva, a advogada do pastor disse que teria uma testemunha e que teria presenciado o crime. A testemunha “Maria Magdalena Moreira da Silva, de 39 anos, se apresentou espontaneamente e narrou dizendo que estaria no local momento do crime.  “Enfim, foi um show de horrores. Ela, que não seria integrante da igreja, foi advertida e irá responder por um crime de 2 a 4 anos”, destacou.

“A conseqüência do crime é de suma importância, a delegacia não é uma brincadeira. As pessoas têm que ter essa noção e que uma vez que suas versões forem confrontadas e comprovadas vão responder criminalmente”, ressaltou Madeleine.

Israel responderá pelo crime de homicídio qualificado privilegiado – Diante de que ele agiu por injusta agressão da vítima sobre domínio de violenta emoção e a partir daí partiu para execução. Pena de 12 a 30 anos de reclusão, mas o juiz pode reduzir a pena analisando a questão do privilégio de um sexto para um terço, justamente porque ele cometeu crime imbuído de violência emoção e logo injusta a provocação da vitima.

Foto: Parahybano

Com mais de quatro horas sendo ouvido pela delegada Madeleine Faria, Israel acompanhado de Madeleine seguiu até a casa de sua falecida mãe, no Parque Prazeres, onde o revólver calibre 32 utilizado no homicídio foi encontrado e apreendido.

Não ficou preso, pois não foi preso em flagrante.

Lucas, a vítima, já havia sido apreendido em 2015 quando tinha 17 anos. A vítima tem passagens pela polícia por furto, droga e ameaça.

Leia também: Pastor é procurado pela polícia acusado de matar jovem em Atafona

Homem assassinado a tiros em Atafona

Polícia encontra munições e espingarda na casa de pastor acusado de matar jovem em Atafona

Pastor confessa ter matado jovem em Atafona com sua própria arma

Pastor Israel – Foto: Divulgação

Vítima Lucas – Foto: Divulgação