Com 35 gols em jogos oficiais pela Seleção, camisa 10 também deixa Ronaldo Fenômeno para trás em quantidade de gols. Copa pode aproximá-lo ainda mais do Rei

Camaroes-Neymar-Foto-Ferreira-LANCEPress_LANIMA20140623_0215_53

Um dos artilheiros da Copa do Mundo, com quatro gols, Neymar quebra marcas e atinge patamar de goleador aos 22 anos que nem mesmo Pelé alcançou em seu início na Seleção Brasileira.

Imprescindível ao time de Felipão, o camisa 10 já deixa para trás nomes como Ronaldo e Romário e, hoje, contra o Chile, pelas oitavas de final da Copa, no Mineirão, tenta dar sequência a seus números impressionantes.

1) Com 22 anos, quatro meses e 18 dias, tornou-se o jogador mais jovem a atingir 35 gols em jogos oficiais com a Amarelinha. Pelé havia marcado 31, embora o insuperável Rei já tivesse no currículo duas Copas do Mundo (em 1958 e 1962), antes mesmo de completar os 22.

Se considerar também as partidas não-oficiais, Neymar vai superá-lo, caso consiga fazer mais quatro gols até o fim do Mundial.

Ronaldo Fenômeno alcançou os 35 gols pela Seleção com 22 anos, nove meses e 23 dias. Já Romário estava prestes a completar 32.

Há de se considerar que Ronaldo teve problemas com lesões que, acumuladas, o tiraram dos campos por mais de dois anos. Enquanto Romário ficava afastado de tempos em tempos por indisciplina. Desde que foi convocado pela primeira vez, em 2010, com 18 anos, Neymar segue imune a lesões e problemas relacionados à indisciplina.

2) Pode se tornar ainda o mais jovem artilheiro isolado de uma Copa. Desde 1930, quando foi disputada a primeira, no Uruguai, apenas o húngaro Florian Albert, em 1962, empatado com outros seis jogadores; e o alemão Thomas Muller, em 2010, com outros três goleadores, viraram artilheiros do Mundial.

O Brasil teve cinco goleadores na história: Leônidas da Silva, em 1938; Ademir de Menezes, em 1950; Vavá e Garrincha, em 1962; e Ronaldo em 2002. Neymar seria o sexto. 

MATURIDADE TAMBÉM PRECOCE

Além dos gols, a forma como Neymar lida com os problemas extracampo chama a atenção. Apesar da pressão de ser o destaque da Seleção que tenta expurgar os demônios de 1950, ele desfilou na primeira fase como se nada o atingisse. Para o técnico Luiz Felipe Scolari, a fortaleza que torna o menino um craque quase inatingível é fruto da educação e do suporte que ele tem da família e do staff.

– Pelo que vejo, pela idade que ele possui, é um menino muito centrado, tem uma personalidade muito forte, interessante, jogador participativo, sempre envolvido com as situações táticas e com o equilíbrio da equipe. Fora de campo, por um ou outro contato que tive com seu pai, fiquei sabendo como ele é com a família, com os amigos e tudo mais. É muito do bem – disse o técnico.

Os maiores problemas de indisciplina do hoje camisa 10 da Seleção aconteceram no segundo semestre de 2010, após a Copa da África do Sul, da qual ele ficou fora, apesar do apelo popular. Em setembro, durante jogo entre Santos e Atlético-GO, pelo Brasileirão, Neymar discutiu e xingou o próprio técnico Dorival Júnior. Depois, o treinador rival René Simões afirmou que o Brasil estava criando um monstro.

No mesmo ano, o craque se envolveu em baladas na concentração do Santos em véspera de jogos, o que provocou até reclamações de um dos hotéis onde o clube havia se hospedado em Porto Alegre.

Fonte: Lancenet