Objetivo foi verificar os danos causados pelo fenômeno de Erosão Costeira que acontece nas praias de Atafona e Açu, para que se busquem soluções

Foto: Paulo Pinheiro

A Prefeita de São João da Barra, Carla Machado, recebeu neste domingo, 24, o secretário de Estado de Defesa Civil, coronel Roberto Robadey Costa Júnior, que verificou os efeitos da erosão costeira que atinge o município há mais de cinco décadas. O vice-prefeito Alexandre Rosa, o deputado estadual Bruno Dauaire, secretários municipais e vereadores acompanharam a visita.

O grupo seguiu por alguns trechos à beira mar em Atafona, sendo possível ver a consequência do avanço do mar,  e depois foi até o Pontal, onde a situação é mais grave. Na última sexta-feira, em função da maré de lua, da chuva e da ressaca do mar, casas e a rua Beira Rio, no Pontal de Atafona, foram alagadas. Na ocasião, duas famílias foram encaminhadas para o aluguel social e a Prefeitura de São João da Barra, além do socorro aos moradores, atuou também numa ação paliativa emergencial com colocação de areia em determinados pontos e abertura de vala para escoamento das águas em outros.

A prefeita Carla Machado agradeceu a visita das autoridades estaduais. “Revigora nossas esperanças. Estamos há muito tempo trazendo parlamentares, órgãos ambientais para conhecer essa realidade que tanto aflige a comunidade de Atafona e do Açu, que sofre com o problema da erosão desde década de 50”, pontuou.

Foto: Paulo Pinheiro

Carla esclareceu que, apesar do município não ter a responsabilidade na aplicação de recursos para solucionar o problema – pois se trata de um investimento federal -, o governo municipal não se isenta de estar nessa parceria e vem lutando em busca de apoio para resolver *essa questão*.

“Os investimentos giram em torno de 180 milhões. Para disponibilizar esse recurso, teríamos que parar com o trabalho nas outras áreas. O que podemos fazer é estar pedindo, estamos nos reunindo com Ministério Público Federal, montando um grupo com especialistas, órgãos ambientas, conhecendo outras tecnologias, buscando resolver esse problema”, explicou. Na ocasião, ela entregou às autoridades presentes ofício solicitando apoio e uma cópia do ante-projeto elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas HIdroviárias (INPH) .

A prefeita deixou claro, ainda, que na busca por melhorias e obras importantes para a cidade, não existe questões partidárias, todos devem estar unidos e prol desse objetivo e que vai continuar trabalhando por mais apoios junto aos demais deputados e ministros.

“Será enviado novamente o Decreto de Situação de Emergência e, dessa vez, contamos com apoio do secretário estadual, que entendeu a necessidade de intervenção. Continuaremos na luta, afinal nosso povo merece todo nosso empenho para uma questão tão séria como a que vivemos aqui em Atafona e na praia do Açu”, esclareceu.

Foto: Paulo Pinheiro

O coronel Roberto Robadey reconheceu que o problema foge ao alcance do município. “Essa obra é quase metade do orçamento do município; quase todo o meu orçamento da taxa de incêndio de um ano, que mantém 115 quartéis do Corpo de Bombeiros no Estado. Então é algo que não é de simples solução. São João da Barra não consegue resolver sozinho. Nós viemos aqui para conhecer o problema, orientar e buscar soluções que não estão aqui. As soluções têm que vir com apoio não só do estado, mas do Governo Federal”, pontuou o secretário, ressaltando que o assunto deve ser levado à Brasilia.

“É preciso buscar a homologação de uma Situação de Emergência, que não é simples, pois nossos técnicos estão acostumados com aqueles desastres que ocorrem de noite para o dia e, aqui, é um desastre que vem ocorrendo ao longo de décadas, não é algo fácil. O governador nos pediu para vir aqui e vamos buscar apoio federal para São João da Barra”, complementou o secretário.

Em agosto de 2017, a Coordenadoria de Defesa Civil de São João da Barra elaborou toda a documentação, enviada à União e ao Estado para o reconhecimento da Situação de Emergência em razão do avanço do mar em Atafona. O objetivo era, com o reconhecimento, adquirir recursos para pôr em prática ações de contenção do fenômeno, porém o pedido não teve êxito.

O coronel  Robadey estava acompanhado do subsecretário da Defesa Civil, Cel. Bombeiro Militar Marcelo Hess de Azevedo, da Diretora de Geologia do Departamento de Recursos Minerais – mm (DRM-RJ), Aline Freitas da Silva, Major do Corpo de Bombeiros, Claudio Luiz e do Ten. Cel. Joelson Oliveira.

Fonte: Secom – SJB