A divulgação da eficácia global da Coronavac é de 50,38%

Foto: Handout .

Uma idosa de 78 anos, moradora do 1º Distrito, morreu no último dia 05, por Covid-19, um pouco mais de um mês de ter recebido as duas doses da vacina Coronavac em São João da Barra.

Segundo informações dos familiares, a primeira dose da vacina foi aplicada na idosa, por fazer parte do grupo dos acamados, no dia 27 de janeiro de 2021 e a segunda dose no último dia 19 de fevereiro de 2021. A vítima do novo coronavírus deu entrada no Hospital de Campanha dia 4 de abril e morreu no dia seguinte.

De acordo com o último boletim divulgado pela prefeitura de São João da Barra, foram confirmados mais 23 novos casos nesta quarta-feira, 7, elevando para 3.218 o total desde o início da pandemia. Nesse número estão incluídos 2.572 recuperados e 94 óbitos. A média dos últimos sete dias é de 21,4 casos de Covid-19.

Há 21 pacientes internados, sendo 13 em leitos de UTI. Aguardam resultados de exames laboratoriais 170 casos suspeitos e 4.723 casos foram descartados.

Na prática, quem não tomar a vacina terá o dobro de chances de desenvolver a Covid-19 caso pegue o vírus, explica à BBC News Brasil o médico Marcio Sommer Bittencourt, do Hospital Universitário da USP.

Não vacinados que adoeçam também terão cinco vezes mais chance de precisar de atendimento médico. “E não temos certeza ainda, mas tudo leva a crer que a diminuição nos casos graves e mortes deve ser nessa mesma proporção”, explica Bittencourt.

A Prefeitura de São João da Barra não confirmou se esse é o primeiro caso.

Vacinação

A vacinação contra a Covid-19 atende com a primeira dose no momento idosos de 70 e 71 anos e profissionais autônomos e do setor privado da saúde. Simultaneamente é realizada a segunda aplicação dentro do prazo do ciclo vacinal.

São João da Barra já aplicou 7.103 doses da vacina contra a Covid-19. Desse total, 5.530 foram para a primeira dose e 1.573 para a segunda.

A contagem compreende o período de 19 de janeiro, data em que foi iniciada a campanha no município, até esta terça-feira, 6, quando foi feito o último balanço pela Secretaria Municipal de Saúde.

Foram enviadas ao município 9.340 doses pelo Plano Nacional de Imunização (PNI): 8.200 da Coronovac/Sinovac e 1.140 AstraZeneca/Oxford.

Uma matéria do site Extra (AQUI) explica sobre adoecer após vacinado

Pessoas vacinadas podem adoecer de Covid-19? A dúvida ressurgiu após morte de Agnaldo Timóteo, no sábado (2): já vacinado, o cantor foi vítima de complicações da doença. Especialistas afirmam que o risco existe e pode ser explicado por diferentes fatores.

No caso de Timóteo, os médicos acreditam que ele tenha sido infectado pelo coronavírus durante o intervalo entre a primeira e a segunda dose do imunizante. Segundo a família afirmou à GloboNews, ele foi internado três dias depois de receber a segunda injeção.

A infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas, explica que antes de receber a segunda dose do imunizante o cantor estava, em teoria, parcialmente ou muito pouco protegido.

Richtmann afirma que uma pessoa é considerada protegida apenas duas ou três semanas após receber o número de doses recomendadas (duas, no caso da CoronaVac e da vacina de Oxford/AstraZeneca, atualmente utilizadas no Brasil). Esse período é necessário para que a resposta imune seja gerada.

— A vacina aplica um antígeno que vai induzir o sistema imune à produção de anticorpos, que podem ser aleatórios ou que vão neutralizar o vírus em questão. Para ter produção de anticorpos neutralizantes em quantidade suficiente para se proteger demora um tempo. A segunda dose estimula de novo o sistema imune, de forma até mais eficaz, e duas semanas é o tempo médio para que possa atingir uma quantidade melhor de proteção — explica a infectologista, membro do Comitê de Imunização da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Mas mesmo aqueles que já estão adequadamente vacinados ainda podem ser infectados. Isso acontece pois nenhuma vacina é 100% eficaz, seja na prevenção de doença ou de formas graves, explica Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações.

— Vamos ver com muito mais frequência indivíduos que tiveram Covid após tomar só a primeira dose, ou antes de completar duas semanas após a segunda. Mas mesmo entre os que receberam duas doses e passou esse tempo, ainda é possível adoecer. O que se espera é que a grande maioria dos casos sejam leves, mas vão ter indivíduos que não vão responder à vacina e podem desenvolver uma doença tão grave quanto se não tivessem sido vacinados. É uma minoria — afirma Kfouri.