Município está em Situação de Emergência e conta com quatro famílias desalojadas

Foto: Defesa Civil

O Rio Paraíba do Sul em São João da Barra, após subir mais 15 centímetros na tarde desta sexta-feira, 6, atingindo 6,65 m em função do pico de maré alta, a chamada ‘maré de lua’, voltou a se estabilizar na marca de 6,50 – a cota de transbordo é 8 metros. Também nesta sexta, técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) voltaram a vistoriar toda a extensão do dique São João, que rompeu no dia 15 de fevereiro, e sobrevoou o município para avaliar a necessidade do envio e máquinas a serem utilizadas nos pontos mais críticos.

O município, que está em Situação de Emergência, decretada nesta sexta-feira, em razão das fortes chuvas e da cheia do Rio Paraíba do Sul, que vem provocando alagamentos, conta com quatro famílias desalojadas, três na zona rural e uma na zona urbana, em Barcelos. A última família desalojada foi transferida para casa de parentes. A estrada SB-02, que liga a localidade a Cajueiro à sede do município continua interditada e a estrada vicinal ligando Cajueiro a Grussaí, conhecida como antiga estrada da Sopa, também está impossibilitada de receber tráfego e veículos devido ao acúmulo de água.

As manilhas na Estrada do Confisco foram desobstruídas, no loteamento do Alonso, em Grussaí, para escoar a água represada. Já na Fazenda São João as manilhas foram obstruídas para evitar que a água atingisse residências na localidade de Cajueiro.

Permanece a limpeza dos canais, valas e manilhas com o objetivo de auxiliar no fluxo natural das águas, com o monitoramento de seu curso a fim de evitar alagamentos nas áreas urbanas, como também recuperação de algumas vias inundadas.

Também foi colocada contenção na área do mangue, no Pontal de Atafona, com objetivo de proteger as casas contra o avanço do mar no período da maré alta. O Gabinete de Crise, envolvendo diversas secretarias municipais segue com ações preventivas diárias em todo o município.

Foz – Na madrugada desta sexta-feira, a foz do Rio Paraíba do Sul, em Atafona, fechada desde outubro de 2019 em função da força da natureza, foi novamente aberta de forma natural. O fenômeno foi considerado positivo por parte da Defesa Civil Municipal por aumentar o escoamento da água do Rio e, em consequência, contribuir para diminuir sua vazão e os transtornos causados nesse período de cheia.