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Os anais da história mostram a presença de músicos em diversas fases do nosso povo. Na criação da festa do Divino Espírito Santo, em 1775, lá estão os quatro músicos, um deles “tocador de tambor”.

Quando em 1847 D. Pedro II visitou à Vila, não havia uma banda para recepcioná-lo, embora o Comendador João Batista de Castro tenha colocado sua banda de escravos para tocar num palanque em frente à sua Fazenda “Barra Seca do Norte” quando da passagem da Galeota Imperial pelo Paraíba.

Em 1861, o Almanaque Lammerth fala de “… existe uma sociedade musical cujo pessoal ativo, além de numeroso dedica-se com esmero à arte…”.

Já na segunda visita do Imperador em 1875, o coletor Belmiro José Ferreira Fluminense colocou-se à frente de um afinado grupo denominado ‘Os Invencíveis’…contudo não durou muito este grupo…em seguida surgem duas bandas rivais: a Lira de Ouro e a Lira de Ferro. A Lira de Ouro transformou-se na Lira dos Democratas de efêmera duração. Já o desaparecimento da Lira de Ferro levou diversos dos seus membros a criarem em 09 de Outubro de 1892 a Banda Musical União dos Operários. 

Composta principalmente pelos operários dos estaleiros e das Companhias de Navegação logo recebeu a adesão da comunidade e com muitos sócios criaram um clube social em que famosas festas se realizaram. Na década de 1990, todavia, fechou-se o clube social permanecendo apenas a Banda que completa neste ano 125 anos de existência.
Com sua sede localizada na rua Joaquim Thomaz de Aquino, tem hoje além da banda, uma escola de músicos e é um Ponto de Cultura que proporciona arte, lazer, entretenimento e inclusão aos jovens e a comunidade Sanjoanense de modo geral.


Por Fernando Antônio Lobato Borges